Tirei!!!!

Tirei meu filho da escola!
Foram 5 anos de embate constante buscando um entendimento que não aconteceu. Não somos iguais a todo mundo. Somos!
Durante anos conversei com o colégio sobre a necessidade de se fazerem interessantes, afinal boa parte do dia as crianças passam la confinadas. Escolhi uma escola de fundamentação católica pois entendia que seria o lugar ideal para vivenciar as diferenças, ledo engano.
Por todo esse período fui convencida da inadaptabilidade de meu filho. Ora precisando de fono, ora de psicólogas, ora de reforços escolares. O fato é que se perdeu o timing de fazer a criança gostar da escola. Procurei sim a fono, a psicóloga, mas me neguei e me nego categoricamente a procurar reforço escolar/ professor particular afinal pago por uma instituição inteira de ensino.
Porem essa instituição de ensino não se adapta a realidade dos celulares, da velocidade de informação e ainda tenta colocar seus alunos nos velhos e antiquados moldes. Quando isso não acontece é por responsabilidade do aluno.
A inclusão é de fachada, baseando-se apenas na regra imposta pela legislação, não um movimento cristão propagado pelas diretrizes da escola.
Meu filho não é deficiente e hoje isso parece ser uma ofensa! Ele não tem déficit cognitivo, não há nada que medicamentosamente possa ser feito para que ele se torne comum. Ele é um individuo único e não foi enxergado dessa forma. Não se encaixou. Não foi incluído.
O sistema venceu! A escola continuará a reproduzir seus iguais.
Durante anos presenciei a limitação de atuação de profissionais competentes ao ponto de pedirem demissão e os “barões não largam o osso”!
Sofro a dor de uma mãe sem grupo de apoio, afinal meu filho não é deficiente. Sofro a dor de uma mãe sem apoio, pois a homeschool é ilegal no país. Sofro a dor de uma mãe que não sabe o que fazer da dor de seu filho sem conseguir se inserir no grupo elitista de uma escola cristã. Sofro a dor de mãe.

Mas sou mãe e isso não porque pari, mas porque foi a vida que escolhi. Amo meus filhos, todos, cada um com sua cor e dor. Apenas amo. A luva das palavras esta ineficiente para expressar tudo que sinto nesse momento, mas assim como outros, esse momento irá passar mas nada vai tirar o amor pela educação, pela vida, pelos meus de mim.

 

Como me sinto??





Houve muitas voltar e reviravoltas, mas me sinto de volta ! Gosto quando o tempo e a sincronicidade se faz presente. Quando a resposta as perguntas surgem de uma conversa ao lado, na fala de um filme enquanto zapeio o controle remoto, nos pássaros...
Me sinto inteira comigo.
Finalmente entendi que apenas eu posso escolher o rumo que espero e desejo de minha vida. Parece simples? Tente!
Na verdade todos sabem disso, mas poucos efetivamente têm essa clareza. Não acompanhar a sede de consumo, as afirmações inovadoras da ciência, as verdades inquestionáveis dos livros sagrados. Aprender a ouvir sua voz interior, seu anjo e acreditar que esta tudo como deveria estar. Usar chapéu num dia de chuva é para poucos!
Reduzi o consumo de cadáveres como a muito tenho vontade de fazer, mas por conveniência adiava. Eliminei a ingestão de pílulas de todos os gêneros, mesmo que isso acarrete passar horas com dor, mas uma hora acaba. Assumi que adoro açúcar e isso me faz feliz. Do meu jeito!

Nem certo, nem errado, apenas meu.

minha Páscoa

Tempo, tempo, tempo...
Ontem foi meu aniversário. Muito feliz!!! Novo ano, novo ciclo, novo começo.
Ganhei muitos livros, é sempre o presente sem erro. Ganhei colonias, agora posso me sentir mais cheirosa. ganhei rosas lindas de minha mãe, emocionante. Passei o dia com os que amo: minha mãe, maridinho e a ninhada completa.
Recebi  deliciosos telefonemas, de longe e de perto. Dei muita risada sabendo que tenho pessoas tão especiais, que tem um tempinho em suas vidas para me dedicar amor...
Houve também as mensagens de facebook e de whasap...
Fechou-se um ano. Faltou uma ligação, uma que não terei mais, ao menos não no plano fisico ou dito real.
Saudades...
Em novembro uma amiga muito querida, que ja foi retrata aqui no blog, descobriu-se com um tumor no cérebro. Faleceu em março. Pude ir vê-la ainda bem e com sua luz ofuscada, mas ainda la em dezembro. Ouvi ela dizer em pé de ouvido: você é a irmã que não tive. depois desse abraço só a vi em sonhos. Não pudemos mais nos falar, nem de fato dizer tchau.
Vivi em luto. Quando uma pessoa querida morre, leva um pedacinho da gente. Clichê, mas real. Percebemos a finitude, brevidade, impotência da vida. Lembramos de momentos que estavam la esquecidos no canto bem distante das obrigações diárias. Voltamos a sentir como naquele tempo. Brevemente, afinal a vida segue.
O tempo é nosso único recurso. Invenção humana, mas a única verdadeira riqueza.
Já estamos em maio, meu aniversário coincide com a lei Auréa (libertação dos escravos é outra coisa), dia da aparição de Nossa Senhora em Fatima e de mais um monte de eventos. Esse ano para mim, o fim de um luto.
Ela se foi, mas tantos outros estão aqui.
Aprendi que não devemos esperar para dizer que sentimos saudade, que amamos, que nos importamos de verdade. Ouvir de verdade pode mudar o rumo real da vida de alguém.
Páscoa é renascimento!





eus...

Como me sinto? Plena e absoluta.
Percorri um longo caminho até poder ser quem sou e me sinto muito segura de minhas escolhas. "Justo a mim coube ser eu!" ( Mafalda!) e entre dores e sabores, muito me apraz.
Tenho fé em uma humanidade que nem sei se existe, tenho crenças em incertezas, mas hoje sou eu.
Esses homens são os donos de minha vida. Não a conduzem, não a dirigem nem a possuem, mas a eles sou devota e crédula. Meus meninos. Amo mais que o amor.
Sou perfeita em minha imperfeição, insegura de minha ignorância.
Mas me sinto bem nessa roupa que visto. Por vezes incho, por vezes sangro... mudo de humor com o ritmo das marés, sempre constante em sua inconstância, mas feminina.
Mas me sinto, sou!
Não ego, apenas eu em busca de um eco.
Obrigada vida por me permitir seu eu.


três tigres

Demonstrar gratidão é um exercício que deveria ser diário, comum como piscar. Infelizmente não conseguimos exercer esse hábito assim tão facilmente. 
No desafio de hoje a sugestão é agradecer 3 pessoas. 
O difícil foi escolher essas 3 pessoas. Primeiro que o número em si já tem seu poder mágico de mobilizar a ação, pensando a partir da numerologia. 
Tenho 3 filhos e de uma maneira pouco comum, 3 pais diferentes. Poderia agradecer a esses homens que me possibilitaram essas três maiores viagens de minha vida. Cada um deles de uma maneira bem específica e diferente me presenteou com essas minhas três jóias. Mas há um dentre eles que eu ainda não consigo, infelizmente não consigo. Então mudemos de trilogia.
São além dos três filhos, três tias maravilhosas, três pessoas que acompanharam minha infância (pai, mãe e irmã), três  cunhadas, três amigas/irmãs loiras ... o numero três permeia minha vida, que bom!
Mas optei por citar três diferentes personalidades de diferentes segmentos.
A primeira pessoa é uma professora da universidade. Ministrava aula de Antropologia, mas falava de vida, de uma realidade que para mim era desconhecida. Os livros ela ignorava, dizia que bastava ler e estar aberto a entender. Tudo que ministrava passava por vivência e experiência. Me ensinou muito e recentemente pude expressar pessoalmente isso. Chorei horrores e ela se emocionou, pois não sabia o quanto tinha influenciado em minhas escolhas. Obrigada Célia de Penço.
Escolho agradecer a Rajshree Patel por ter ministrado em um curso com uma técnica que trouxe meu marido para meu mundo. Técnicas de respiração, administração da realidade e controle de stress. Palavras  que expressam sentimentos que podem mudar um mundo, precisando apenas de Respirar. Ainda não a conheço pessoalmente, a foto é de divulgação do curso, mas hei de abraça-la um dia e dizer muito obrigada por me compartilhar um mundo melhor.
Por ultimo escolho meu caçula. Uma criança que me deixa sempre com um sorriso no rosto e a certeza que tudo pode ser melhor, sempre.

Obrigada, Obrigada, Obrigada



Meu anjo

Falar de amizade é um tema muito curioso para mim. Desde muito pequena ouvia meu pai dizendo que “amigo é a família que escolhemos”. Adoro cultivar amigos, de todos os tipos. Prezo por essas amizades com todo o cuidado e zelo. Quando por intempéries da vida me descuido, logo peço perdão, pois me faria muito falta ficar sem qualquer um deles.
Mas quando o desafio pede para falar de um amigo, um único, vou falar daquele que esta comigo desde meu primeiro dia nesse plano, me acompanha de pertinho e me orienta ao melhor caminho.
Para alguns seria o inconsciente ou anjo da guarda, para outros orixá, espirito santo, quem sabe esquizofrenia. O meu atende por nome e conversamos longamente sempre. Não tenho muita preocupação com definições. Como no desenho do anjinho no ombro. Por vezes ele se afasta, quando me comporto de forma que nem eu aprovaria. Nesses momentos ele fica calado, olhando de longe, esperando que eu volte a ser eu.

Meu melhor amigo, que me guarda durante o sono e caminha pela eternidade. Obrigada, muito obrigada.


Salvador!!!!!

Falar de salvador nessa época do ano não é das tarefas mais fáceis, lembrando que detesto carnaval desde que me conheço por gente. Quando pequena, minha mãe, nascida em terras baianas, fazia questão de nos levar aos bailinhos e festas, mas tudo que eu me perguntava já aos poucos anos era: “o que eu estou fazendo aqui?”
Mas salvador é muito mais que essa cidade de festa, mas nesse ponto leva enorme vantagem, pois quando nem acabar o carnaval, já estarão se preparando para o São João e é desse jeito que o soteropolitano leva a vida, numa eterna festa.
Conheci salvador ainda nos anos 90 e já naquele tempo me apaixonei pelo que tem aqui de imutável: a luz!!! Dizem alguns artistas, alguns que exercem o ofício de verdade, que a luz que incide aqui só é compatível com a grega. Não conheço a Grécia, ainda, mas me parece que la falta um pouco de cor e cor que aqui tem de sobra!!
Cor na pele, nos olhos, nas roupas, na comida, aqui tudo é muito colorido, alegre, gostoso mesmo de ver. Para mim, solta o sorriso de ver tanta luz, como se brilhassem...
Falta muita coisa, mais hoje do que nos anos que sonhei em vir definitivamente. Agora já busco a saída. Mas penso que o que falta aqui, falte em todo o país: educação.
Mas sobra alegria. Ver baianos conversando não se diz que são amigos e sim que estão brigando, mas são próximos. Não se mata por futebol, por trânsito, nem essas coisas que se vê nos jornais. Aqui se mata por amor ou falta dele. Acho que nos outros lugares também...

O soteropolitano leva a vida como quer, do jeito que quer. No mesmo bar o patrão e o mais humilde de seus funcionários bebem juntos e racham a conta igualmente, sem nenhum privilegio. Motos e carros caros na porta de lugares e é impossível identificar o proprietário. Todos tem a mesma cara de gente. Branca, preta, marrom, amarela... aqui todos são gente de luz.



Presentes...

Quando penso em agradecer algo que alguem me deu inevitavelmente me vem a lembrança as milhares de “coisas” que me minha mãe me deu, inclusive a primeira, a vida. Desde roupas, oportunidades, apoio, televisor, carro, primeiro computador... a lista é imensa e não caberia nenhuma competição, afinal se não fosse a primeira, a vida, nenhuma das demais seria possível. Sendo assim ela é hors concours.


Sendo assim, me lembro com muita emoção de quando completei 15 anos. Em casa tínhamos uma empregada, analfabeta e semi cega, ela foi socorrida por minha avó da morte eminente no sertão e levada para ajudar minha mãe.
foto 2014
Olhando com os olhos de hoje, ela era praticamente uma escrava la em casa, mas os tempos eram outros. O fato é que no dia do meu aniversario estávamos indo visitar essa minha avó que morava a 150km de casa e no caminho até a rodoviária, ela pegou uma folha da cerca viva e disse que não tinha dinheiro e nem saberia me comprar nada, mas que gostaria que eu aceitasse aquela folhinha como o presente dela por eu estar me tornando uma mocinha. Chorei ali mesmo e ainda choro lembrando da verdade e sinceridade daquela humilde amiga. Aquela folhinha se perdeu no tempo e nas inúmeras mudanças mas sua lembrança ate hoje me acompanha. O gesto de amor alguém tão simples mas sempre tão espontânea ainda me enche de alegria por saber que pudemos conviver por tanto tempo e colaborar uma a outra a ser quem somos.
Hoje ela é casada e tem uma família linda e no dia do casamento o noivo a recebeu das minhas mãos. Quase 30 anos e essa é a lembrança de presente que mais me emociona.

Nem tudo tem preço, mas tudo tem valor

Gratidão a Iago Antonio

  Meu agradecimento dessa semana é ao meu filho do meio. Ele, apesar de ser o mais branquinho, é o mais parecido comigo fisicamente. Acredito que exatamente por isso é com quem tenho mais dificuldade de relacionamento e menos afinidade.
Dizem que ele se parece comigo também em gênio e teimosia, mas essa é a parte boa. Minhas preocupações com ele se devem ao jogo de luz e sombra, verdade e mentira, bem e mau. Temo muito pelo seu futuro, pois não concordo com os valores que ele esta construindo, mas ainda assim, todavia, entretanto e contudo: ”MAR CALMO NÃO FAZ BOM MARINHEIRO”.
Sou forçada a ser melhor a cada embate. Obrigada por estar em minha vida, me forçando a ser melhor. Melhor mãe, melhor pessoa, melhor amiga, melhor ouvinte.

Você foi uma surpresa em minha vida, muito parecido com seu jeito de todos os dias, nada parecido com o que se poderia esperar, mas assim tem me ensinado a amar rascunhos, a amar divergência e a te amar cada vez mais. Obrigada meu filho

Gratidão a Familia

Há alguma dificuldade em realizar a terceira tarefa, por se tratar de um conceito para mim questionável. Ouço de muitos que depois de casamos nossa família é a que construímos, marido e filhos e isso me incomoda profundamente. Inclusive é motivo de séria desavença entre eu e minha única irmã sanguínea.
Entendo como família obviamente a sua origem: meus pais a quem devo muito, mais que tudo, afinal sou quem sou devido a base que eles me deram. Valores que hoje são raros e me impedem até mesmo de comer um simples chocolate no mercado antes de pagar. Valores esses que ensino a meus filhos que são a ponta do outro extremo de minha família: filhos tão diferentes, tão únicos, tão meus... Agradeço cada dia ter mais um dia de convivência com eles, os que ainda estão debaixo de minha asa e agradeço os valores que norteiam as escolhas do que já alçou voo.
As mulheres de minha família foram exemplos de força e beleza, doçura e retidão. Tão lindas... Agradeço a cada uma e a todas os seus exemplos, dados mesmo que sem consciência, e tem os meus tios. Primos? Somos 30 de primeiro grau e a cada um devo muito, muitas historias. Desde o enterro de peixinhos na infância, brigas pelo miolo da alface, deixarem eu fazer gol (sempre fui e sou perna de pau) até assuntos sérios como a faculdade que escolher, como morar em república, até passear para que eu fumasse escondido no enterro de meu pai. Uns mais perto, outros mais longe... Sou imensamente grata a cada um deles e a todos eles por cada olhar, gesto, palavra...
Filhos de primos, esposas de primos, ex esposas de primos que ficam na família agregando seus novos companheiros e filhos e tudo da família. Amigos de tia que conheço desde que me conheço por gente e até hoje chamo de tia e para mim é da família. Vizinha de minha mãe que me viu crescer e recentemente ficou viúva, choramos juntas, ela é da minha família. Agradeço a oportunidade de cada um desses encontros.
Chamo de irmão um jovem que conheci aos 17 e nesse mesmo dia nos batizamos de irmãos e agora somos vizinhos e ele trata minha mãe com o mesmo amor que trata a dele, ele é meu irmão. Minha comadre que ainda está na UTI e me abraçou quando estive lá para vê-la e ela sussurrou em meu ouvido que sou a irmã que ela não teve, sim ela é minha irmã.
Agradeço a chance de enxergar uma família em cada um que me ajuda a enfrentar os desafios de evoluir, agradeço a cada um que ajudou a me tornar que sou.
Minha família é imensa. É minha escolha não estreitar os laços mas sim agregar.
É minha escolha pensar em minha família como a todos que cruzaram e cruzam meu caminho me entregando um pouco de si e levando um pouco de mim.

Tarefa de agradecer a família realizada. 

Silbes

A segunda semana de gratidão refere-se ao cônjuge, ou par. Sendo assim, Silbes ai vamos nós...

He is my man

O que agradecer ao homem que escolheu ficar ao meu lado mesmo sabendo a pessoa difícil que eu sou? O que agradecer ao homem que anos aguardou eu acreditar em mim?O que agradecer o homem que nos salvou recentemente da morte, com seu reflexo rápido, num acidente de transito? O que agradecer o homem que chama meus filhos de seus? O que agradecer o homem  que mesmo com os pés sempre firmes no chão se esforça para conseguir ver as estrelas comigo?
O desafio dessa semana para mim é um enorme desafio. Amo esse homem como jamais amei ninguém, admiro sua inteligência, sua generosidade, sua sensibilidade. Admiro sua coragem em ser fraco, admiro seus medos que nem mesmo ele conhece/reconhece, admiro sua força e determinação em amar, mesmo quando tudo esta dizendo o contrário. Admiro seu olhar, suas costas, suas mãos...
Tenho muita dificuldade de aceitar que não viveria sem ele, em aceitar que ele é o homem de minha vida. Reluto muito em dar a ele a certeza de meus sentimentos. Temo a segurança que ele tanto preza e busca. Somos tão diferentes, tão complementares.
Agradeço por me permitir ser feliz por mais tempo que estaria preparada, agradeço por ser meu par, meu complemento, meu amigo e onde o embate esta se tornando justo e produtivo. Agradeço o café de todas as manhãs, o “te amo”  sem graça, o olhar sempre cheio de desejo, a inconveniência divertida de suas inoportunas demonstrações de afeto, seus abraços de pernas durante a noite, sua chatice que me força a melhorar sempre, seu apoio confuso em minhas escolhas estapafúrdias. Seu amor.
Agradeço sua existência todos os dias, mas hoje em especial, quero agradecer aceitar ficar comigo, mesmo quando nem eu aceitaria. Agradeço por nos manter nesse mundo confuso, agradeço por pensar nas coisas que nem quero saber que existem, agradeço por me ouvir nas coisas que nem sabe que existem...


52 semanas de Gratidão

 Não sei se é o jeito certo, mas vou exercer meu ato de gratidão, além de no dia a dia, contando coisas que me definem.
A primeira da lista de 52 motivos para agradecer é a porque agradecer. Me sensibilizei com a escrita de uma amiga, e me motivei a escrever o meu relato. 
Foi um dos anos mais dificieis da minha vida, não houve nada assim grave, mas foi um ano (2014) q se arrasou em expectativas (ta, sei q ela não é legal), promessas e nada aconteceu. Um ano que para mim se arrastou, interminável em meu muro de lamentações sem fim. Até a doença realmente grave de minha amiga muito amada.
Foi o chacoalhão da vida, ouvi-la dizer q não teve tempo para se reunir com os amigos mas teve tempo para ficar na UTI mudou e muito minha percepção de necessidades. Sem dinheiro a urgência nos fez ir e catabum!!
Um acidente de carro na estrada, nos chocando de frente com o outro carro a 150km por hora, com muita chuva e vi o quão breve é a vida. Não morremos, mas apenas por  mão de Deus, nada explica estarmos aqui hoje. No momento do acidente pensei: Game Over!
Mas foram apenas prejuízos materiais, calculáveis com números. Ouvi minha mãe de 80 dizer que não tem idade para isso foi sem preço.
Seguimos viagem por saber da necessidade da mesma. Muita dor, muita negação, muita ignorância... mas muitos abraços, muita energia boa! Vivos, juntos e em paz.
Meu filho apostou tudo na Fuvest e perdeu. Mais uma “dor”.
Mas vimos o sol nascer todos juntos,  podemos beber juntos com a família e reunir  meus três filhos, tudo ficava pequeno.
Tenho a agradecer minha imensa necessidade de aprender, de desaprender, de não controlar, de deixar Deus guiar. 

Tenha a agradecer que estarmos juntos, de um jeito meio torto, com muito arranca rabo e bate boca, mas ainda com o desejo de entender a cada um dessa minha família. Tenho a agradecer morar no lugar que me é permitido pela regência do Universo nesse momento, poder ter a cada dia a oportunidade de escolher os alimentos que farão parte da vida de meus amados.
Tenho como missão ser a melhor pessoa que eu consigo ser. Agradeço ser mãe, esposa, filha, irmã, amiga de pessoas que entendem as minhas limitações e que me aceitam assim mesmo.
Agradeço por me esforçar para não fazer mais parte dos ignorantes, mesmo sabendo que dessa forma o céu fica mais distante, mas  buscar sempre e sempre mais conhecimento, mesmo que isso muitas vezes me cause cada vez mais desconforto.
Agradeço, agradeço


Halloween

Hoje é um dia muito importante para mim o Dia das Bruxas!!
Dia do Saci e Dia das Donas de Casa também. 
Tudo tão eu!
Sou imensamente grata por desde muito pequena ter entendido que o mundo não é apenas o que  a capacidade humana consegue enxergar. Entendi que no mundo somos parceiros em sua construção, que há magia em tudo, mesmo que se recuse a ver.
Nesse trajeto de mais de quatro décadas, encontrei alguns desencontros, de pessoas que não conseguiram respeitar o jeito diferente de ver o mundo. Achavam que todos deveriam entender a realidade a partir de sua realidade. Me entristeci por muitas vezes com isso, hoje não mais, cada um tem seu tempo de despertar, não para minha realidade, mas para a sua Verdade. 
Todos podemos escolher o caminho que queremos e traduzir o mundo a partir de nosso coração. 
Mas, a quem assim o desejar.
Encontrei muitos outros parceiros, muitos queridos,  nessa caminhada, muito executores de magia e transformadores de realidade. Nem todos usavam a palavra magia, ou bruxaria, mas todos usam a palavra fé. Afinal todo ato de magia só funciona porque acreditamos em seu poder. O poder do Amor.
Bruxa não faz mal a ninguém, sabemos que o poder que temos vem do Amor, de nossa fé e determinação. Isso não se restringe a bruxas, mas as pessoas de bem.
Precisamos mudar o mundo. Ele está chato e careta. Precisamos de mais educação, aprendizado da sabedoria antiga, de nossas avós benzedeiras, de antigas parteiras, de nossas cozinheiras. Nisso consiste a magia, nas coisas simples que constroem a realidade.
Feliz dia de acreditar, mesmo que ninguém mais veja. Dia de tornar um mundo melhor para todos, de sair do lugar comum!!!
Muito Feliz Dia do Saci, Guardião de nossa sabedoria ancestral, assim como as Bruxas.
Feliz Dona de Casa que agem onde não são notadas e tornam a vida de todos melhor, com um perfume no ar. Feliz Cozinheira que alimentam o corpo e a alma.

A Alquimia esta nos pequenos gestos, nos pequenos sinais. Feliz por fazer parte de um mundo de gente que acredita. Feliz.

Retrovisores e mirantes de minha existência (ou as mulheres de minha vida!)

Há poucos dias, uma dessas mulheres completou 80 anos, e nem sob tortura contarei qual delas, afinal não se fala a idade de tão nobres e formosas damas assim, não impunemente.
Irmãs de pai e mãe, por vezes juntas, por vezes afastadas pelas dificuldades que hoje nos parece tão distantes pela atual facilidade da vida. Mulheres lindas que por vezes parecem ter 15 anos, mas por vezes estão com mais de 100... cansadas das bobagens dessas novas gerações.
Com cada uma delas vivi momentos inesquecíveis e marcantes. Uma delas escolhi como madrinha, mesmo não tendo sido essa a escolha de meus pais em minha tenra infância. Outra me salvou do péssimo hábito de roer unhas, me mostrando a beleza de unhas cuidadas, hábito que mantenho mesmo depois de algumas décadas. Outra me falou verdades inconfessáveis quando todos ficaram com medo de dar palpite, me despertando e evitando algumas burradas que poderia ter feito. A outra é “hors concours” afinal, mãe é mãe!! Mãe é modelo, é companheira, é amiga; mesmo tão diferente de mim, por vezes minha arqui-inimiga e dessa forma me fortalecendo para as verdadeiras batalhas.
Honrar pai e mãe não é apenas um mandamento cristão, mas uma diretriz formadora de pensamento. Serve para nos mostrar nossa origem e lembrar que árvore sem raiz não cresce muito. Atitudes que tomamos sem que nossos pais saibam, e nem gostaríamos que desconfiassem, nem sempre nos trazem benefícios. Mas depois, com a nossa maternidade, imaginar que podem fazer algo e que pretendem nos esconder mostra o quão frágeis essas omissões foram. Você faria isso na frente de sua mãe/pai? Então porquê faz??? Mas isso é outra “estória”.
Essas mulheres viveram juntas parte da infância e parte da adolescência. Viveram amores e desamores, muitas desavenças e brigas por preferências e gostos particulares. Dividiram sonhos e medos de menina moça e as descobertas de mulher, mãe e esposa...  Com a maternidade abençoaram seus filhos e sobrinhos, netos e sobrinhos netos. Tiveram choro e colo entre si. Viram os filhos e os netos umas das outras. Enterraram irmãos e os pais. Choraram.
Hoje tem famílias perto, ou não. Hoje tem maridos perto ou não, vivos ou não. Cuidam de netos ou não. Viajam em família, ou não.  Sofrem por seus filhos como todas as mães e reclamam de seus maridos como todas as esposas. Agradecem o nascer de mais um dia ao Pai Eterno em intimidade ou em publico. São muito diferentes em gostos, estilos, afetos e escolhas. Mas tem algo em comum que nunca faltou: o amor de irmão, familiar. Mesmo que para brigar, falar verdades, não pagar dividendos, ser isso ou aquilo. Mas de alguma forma, sempre puderam contar umas com a outras; ora em pares, ora três, ora todas. Na separação, no adoecer dos filhos, nas crises da vida.
Lembro delas com idade aproximada a que estou hoje, ouvindo caladas minha avó dizendo verdades que elas sabiam ser ultrapassadas, mas nunca a afrontaram. Uma delas foi fumante a vida toda, mas minha avó não podia saber. Houve brigas e períodos de “nunca mais” - abreviados pelo amor verdadeiro e respeito imposto por uma educação que as acompanhou a vida toda. Respeito! Hoje nem às autoridades, que dirá aos pais, familiares, irmãos... mas isso é outra conversa.
Espero chegar tão longe e tão bem acompanhada. Espero vivenciar todo o amor que senti quando as vi juntas.

Ex- Bruxa, eterna Alquimista

Desde que me conheço por gente sempre me senti bruxa, apesar de achar isso muito simples, sempre foi muito difícil explicar.
Entendo-me como bruxa, pois acho chato olhar o mundo com o mesmo olho que todo mundo. Sempre achei que não importasse qual a situação haveria um outro ângulo a ser olhado, isso em situações ruins e em situações boas. Sempre achei que Deus é algo muito próximo e íntimo, não distante e proibitivo. Creio no poder de mudar uma realidade a partir de meus desejos e de minhas intenções, a realidade não pode ser hermética e inviolável.
Mas a bruxa senso comum é outra, um ser com verruga e que come criancinhas. Um ser malvado e muito feio, que tem a maldade em suas entranhas e a crueldade como sua realidade. Um oposto ao modelo da princesa.
Durante muito tempo busquei explicar e me vi nas mais diferentes situações onde nem sequer fui ouvida depois da palavra bruxa. O poder das palavras se inviabiliza quando estamos acostumados a alguns significados e significantes. Cansei desse discurso dialético  de tentar a todo custo “convencer” que ser bruxa não está ligado a Disney e seus modelos, e sim muito mais próximo das mulheres camponesas cruelmente queimadas pela igreja. Mas a humanidade adora  fogueiras e apontar o dedo buscando maldade e culpa no outro. Cansei disso.
   Apenas mudando uma palavrinha, mudo todo o conceito imaginário na cabeça dos ouvintes. Não deixo de ser bruxa, esse sera sempre, digamos assim,  como que o meu nome secreto. Mas agora, quando me perguntam o que eu faço, a resposta será: sou alquimista, palavra que cria algum enigma e interesse, bem menos estigmatizada.
   De certa forma era isso que as camponesas queimadas eram, boas manipuladoras de energia, boas parteiras, boas ouvintes, boas conselheiras e principalmente tinham uma enorme sede de aprender, de evoluir enquanto gente, buscando purificação de seus sentimentos, de seus pensamentos, de sua alma eterna.
 O que faço? Ouço gente. Isso anda muito raro atualmente: todos escutam, mas poucos ouvem; muitos querem falar suas verdades, poucos querem saber as duvidas... Adoro servir um chá com bolo, real ou virtual, ouvir com calma. Tenho muito a falar também, foi para isso que li tanto, estudei tanto e penso tanto.
 Tenho alguns artifícios que me permitem  falar com alguma propriedade. A astrologia é uma ciência que em 3000 anos ainda não foi modificada, mesmo a terra tendo ficado redonda nesse meio do tempo. Tenho um tanto bom de psicologia, onde alguns pensadores contribuíram muito para que hoje analisasse o homem a partir desse ângulo também. Tem o tarot, muito menos cientifico, mas com alguns séculos mantendo seu enigma . Auras e campos quânticos são palavras diferentes para algo que tenho enorme interesse de estudo e simpatia. Mas gosto muito mais da cozinha, onde com farinha e afeto elaboro a dose de energia que acredito poder ajudar.

Sendo assim, a partir de agora não me chamo mais de bruxa e sim de Alquimista.

Apresentação




Tenho um jeito muito peculiar de enxergar a vida, por conta disso trilhei caminhos de estudo e conhecimentos um tanto, digamos, pouco comum. Um pouco de conhecimento de psicologia, de culinária, de astrologia, de magia básica, alguma familiaridade com alguns métodos ditos de adivinhação como tarot e baralho cigano, adoro umas cartas do Osho e fico fascinada com o I Ching...
Gosto de gente, mas gente feliz, gente sorridente e de bem com essa tarefa árdua chamada existência. Busco com meus conhecimentos facilitar o transitar de todos nós nesse planeta. Não posso fazer isso sozinha, basicamente aprecio despertar em cada um o que esta apenas esperando adormecido.
Uma caminhada, uma abraço, um bolo quentinho. Fotos nuas ou finalmente desvestida de mascaras. Um jogo de cartas ou a analise de um mapa astral. Um jeito de olhar-se novo usando de arquétipos comuns do imaginário cristão, ioruba, wicca, vegan...
Não faço nada impunimente, tudo tem um alto valor agregado. Nenhum deles carrega em sua essencial um preço, um número facilmente identificado, afinal o que para mim pode ser insignificante pode vir a salvar sua vida. Quem ira definir como retribuir minha ajuda é o solicitante. Todos têm algo a dar e só podemos avaliar intimamente o valor da contribuição que o outro fez.
Posso ajudar?
Alquimia Optica: um jeito magico de ver a vida